25ª Fenearte: veja o que você pode encontrar na maior feira de artesanato da América Latina

Irmãs Neire Almeida e Mery Silva. Foto: Matheus Ribeiro/Folha de Pernambuco.
A 25ª edição da Fenearte — Feira Nacional de Negócios do Artesanato, a maior feira de artesanato da América Latina, já começou e, como é tradição, traz uma pluralidade de itens, entre arte, artesanato, moda e gastronomia, em uma abundância de matérias-primas, técnicas e diversidade de territórios.
Quem visitar a feira no Pernambuco Centro de Convenções, em Olinda, até o dia 20 de julho, poderá conferir o trabalho de mais de 5 mil artesãos, expositores e empreendedores de todo o Estado de Pernambuco, outras partes do Brasil e do exterior, em cerca de 700 espaços.

Peças de Valfrido de Oliveira Cézar, mais conhecido como Mestre Frida, encantam por carregarem uma expressão única e forte. Foto: Matheus Ribeiro/Folha de Pernambuco.
Arte com expressão
Logo na entrada do evento, na Alameda dos Mestres, é possível se deparar com diversas obras de arte que carregam a assinatura de seus criadores em cada traço e expressão. De Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, Valfrido de Oliveira Cézar, de 68 anos, mais conhecido como Mestre Frida, impressiona com os Guerreiros/Operários entalhados na madeira.
Peças que, apesar de não possuírem os detalhes dos olhos e boca, encantam por carregarem uma expressão única e forte, que se tornou uma característica do trabalho do mestre. Os valores das peças variam entre R$ 25 e R$ 2.000, com a opção de chaveiros, o objetivo é dar a oportunidade a diversas pessoas de conhecerem a sua obra.
“Desde que comecei, faço nesse mesmo estilo. Sem olhos, sem boca, não sei exatamente de onde veio a inspiração, mas é uma terapia para mim. Sempre foi uma peça considerada diferente, e tornou-se um trabalho diferente. Hoje, é bem aceito por todo mundo, exatamente porque é diferente”, contou o mestre.
Já na área ampla dos estantes, Emerson Silva, de Petrolina, Sertão Pernambucano, retrata caprinos e ovinos do Vale do São Francisco, raças criadas no semiárido nordestino. Ele utiliza cerâmica, arame e madeira na criação de suas peças, buscando aplicar características da criação na sua arte.
Os materiais são coletados por ele na Caatinga da própria região. “Eu procuro aplicar características da criação no meu trabalho. Tudo, desde o barro até a parte de paisagismo como as arvorezinhas, é toda retirada da Caatinga”, explicou o artesão.
Assim como o Mestre Frida, Emerson busca aplicar preços acessíveis em suas peças, com o objetivo de que sejam acessíveis a todos e tragam conforto aos lares de quem adquiri-las. Por isso, suas esculturas custam entre R$ 65 e R$ 1.000.
“Eu quero que todas as pessoas recebam as minhas peças em casa, para que isso traga um conforto para elas. E, por isso, preciso que sejam bem acessíveis, em questão de valores”, disse.

Emerson Silva, de Petrolina, retrata caprinos e ovinos do Vale do São Francisco. Foto: Matheus Ribeiro/Folha de Pernambuco.
A comunicação me fascina. Gosto de relatar, informar e opinar. Portanto, pus no ar um site pra expor minha terra de uma maneira dinâmica, sob o meu prisma e o de outros autores.