Primeira agroindústria familiar regulamentada em PE

Produtores são exemplo de crescimento, fruto do incentivo do Governo do Estado

Produtores são exemplo de crescimento, fruto do incentivo do Governo do Estado

(fonte: Imprensa Agricultura PE)
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O casal José Acácio e Edilma Nascimento, que possui um estabelecimento de produtos lácteos, foi o primeiro no Estado a regulamentar sua atividade de acordo com o Decreto Estadual da Agroindústria, tornando-se produtores rurais legalizados e garantindo a qualidade do produto ao público consumidor. A partir da certificação obtida junto à Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), vinculada à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA), os produtores viram surgir mais oportunidades junto ao mercado, ampliando a fabricação e comercialização de iogurtes feitos com leite de cabra.
De Jataúba, no Agreste Central, onde era comercializado, o produto ganhou espaço e chegou à Região Metropolitana do Recife. A conquista mudou a realidade de toda a família, que aumentou a renda significativamente e, hoje, inspira outros agricultores interessados em se regularizar. O crescimento no faturamento foi de aproximadamente 20% em dois anos, com expectativa de saltar para 80% este ano.
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“O Decreto Estadual da Agroindústria abre uma janela de oportunidades para os produtores, que poderão comercializar seus produtos em todo o Brasil a partir do momento que o estabelecimento passa a atuar dentro da legalidade”, explica o secretário de Agricultura, Nilton Mota.
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O iogurte produzido, da marca Caprigut, também é responsável por fomentar a economia local, uma vez que os atuais 200 litros de leite de cabra utilizados para a fabricação da bebida láctea são originados tanto da produção da própria família quanto de outros pequenos criadores da região. “Conseguimos a certificação há três meses e estamos muito satisfeitos com os resultados, pois melhoramos nossa renda e qualidade de vida, além de estarmos oferecendo um produto de qualidade aos consumidores”, explicou Edilma Nascimento.
A pequena empresa, que alavancou após se adequar às regras do decreto, criado para desburocratizar o registro de estabelecimentos de pequenos produtores, serve como modelo de agronegócio para as famílias de agricultores que possuem estabelecimentos de leite, lácteos e ovos, queijarias, mel e cera de abelha, pescados, abate de animais, derivados cárneos e demais instalações de produtos de origem animal e seus derivados.
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Dentre outras vantagens, os pequenos produtores conseguem reduzir em 1/3 os custos para implantação e/ou regularização de sua atividade. Quem possui estabelecimento de 100m², por exemplo, terá uma redução considerável de seu investimento, de R$ 120 mil para R$ 40 mil, em média.
O que fazer para ser um produtor rural legalizado
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Para ser um produtor rural legalizado, garantindo a qualidade do produto ao público consumidor, o interessado deve solicitar o registro junto à Adagro, que fará uma visita e prestará toda orientação. Caso já possua uma estrutura, ele será orientado a fazer uma adequação de sua atividade num prazo de até um ano, recebendo um registro provisório enquanto aguarda a finalização do processo e a documentação definitiva. Nesse período, a Adagro fará as análises da água e dos produtos comercializados, sem custos. Maiores informações pelo número 0800 081 1020.
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DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Identidade, CPF, CNPJ (nos casos de microempreendedores); declaração do município autorizando o funcionamento da agroindústria; DAP – Declaração de Aptidão da Agricultura Familiar – que pode ser adquirido no Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA ou no Sindicato dos Trabalhadores Rurais; e um croqui do estabelecimento.

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