Givanildo fala de saída e diz que diretoria do Náutico ofereceu 70% de redução salarial
(fonte: Diário de Pernambuco)
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A verdade foi esta: fizeram a proposta muito abaixo, mas essa proposta, pela minha vivência no futebol, foi em cima daquilo: ‘vamos fazer assim que ele não vai aceitar e pronto’. Foi isso.” As palavras são do técnico Givanildo Oliveira, 68 anos – sendo quase 50 deles dedicados ao futebol. O treinador deixou o comando do Náutico oficialmente na última sexta-feira, por não chegar a um acordo financeiro junto à diretoria. Em entrevista ao Superesportes concedida em Olinda, onde vive com a família, o comandante pernambucano falou pela primeira vez da saída do Timbu e contou os bastidores da negociação.
Para Givanildo, a proposta realizada pelo Náutico foi meramente decorativa. Sem unanimidade dentro da cúpula alvirrubra para começar o trabalho em 2017, o treinador recebeu uma solicitação para baixar o salário em 70% do que recebia. Não teve nem tempo de dar a resposta se aceitaria a brusca redução: foi informado pelo telefone que não ficaria no clube. Embora tenha dito que não se sentiu injustiçado pela maneira como foi conduzida a negociação, o treinador se mostrou triste com a saída do clube. Nem por isso descartou um dia voltar para realizar o que ele chama de “sonho”: conquistar um título pelo Náutico – algo que, em quatro passagens, não conseguiu.
“Fica uma especulação na rua, na imprensa, que fala algumas coisas, mas, na verdade, o fundo da verdade ninguém sabe. Você não pode de repente estar ganhando um salário ‘x’ e tirar 70% desse salário. Aí é muito. Então, infelizmente não deu certo porque acho que não existia uma unanimidade. Não conquistamos o acesso, que em vez de seis eu passaria para sete na minha carreira, ninguém mais do que eu queria ganhar”, disse Givanildo.
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