Sport vence o Botafogo e está no G4
(fonte: JC)
Quando Neto Baiano recebeu a bola no meio de campo, aos 43 minutos do primeiro tempo, e olhou para o goleiro Andrey adiantado, teve torcedor que gritou “não!”. O atacante havia acabado de chutar uma falta na lua e tinha a opção do passe para Felipe Azevedo, no que seria um bom contra-ataque. Lá no gramado, Neto não escutou aos apelos e, confiante (e marrento) que é, mandou a bomba de canhota. No caminho, o mesmo torcedor que já se preparava para xingar o xodó armou o grito de gol. Depois, veio a euforia coletiva da Ilha do Retiro pelo golaço de cobertura, o único da vitória por 1×0 sobre o Botafogo, na noite desta quarta-feira (16/7), pela Série A do Brasileirão.
Se os abraços e os gritos embalaram a comemoração nas cadeiras e arquibancadas, Neto Baiano “frescou”, na famosa dancinha que é sua marca registrada. Nada melhor para marcar o tento que levou o Leão aos 17 pontos, no G-4. O começo ideal da equipe no retorno após a pausa da Copa do Mundo, e a terceira vitória consecutiva. O alvinegro carioca se manteve com 9 pontos.
A crônica desta partida poderia ser só em cima da pintura do atacante leonino, mas também é importante ressaltar a mudança de postura tática rubro-negra. Apesar de ter mantido o esquema ofensivo no 4-2-3-1, o treinador Eduardo Baptista armou a defesa no 4-1-4-1, tendo o volante Rithely à frente da primeira linha de quatro. Do outro lado, um Botafogo assolado por uma crise financeira mas com boas peças, como o atacante Emerson Sheik.
Os primeiros minutos mostraram que a intertemporada fez a diferença na questão física. Com o time correndo e “mordendo” na marcação, a primeira chance veio aos 3, quando Zé Mário acabou perdendo chance cara a cara com Andrey. Aos 22, foi a vez de Patric tabelar com o meia e chutar de canhota, para defesa do goleiro.
Para não dizer que o Botafogo não assustou, houve um chute de Zeballos, aos 26, que passou perto da trave. Mas foi só isso. E o Sport, apesar de errar o passe final, dominava o duelo. Tanto que o gol de Neto acabou sendo um presente para o time que dominou o jogo mas pecou nas finalizações.
O segundo tempo seguiu a mesma linha. O alvinegro carioca foi uma presa fácil, desgastado fisicamente e perdido taticamente. O Leão dominou, mas perdeu várias chances, fosse por preciosismo – o próprio Neto Baiano foi fominha em um contra-ataque aos 13, quando tinha dois companheiros como opção – ou por intranquilidade na hora do último passe ou do chute. Aos 44, Carlos Alberto ainda prendeu a respiração da Ilha ao perder um “gol feito” após um cruzamento. Mas a noite foi feita para um tento só, o golaço de Neto. Um dos mais bonitos do Brasileirão.
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