Túlio em: frente a frente com o inimigo!

Túlio Vieira cumprimentando Michel Temer na Barragem de Jucazinho. | Foto: Agencia Brasil

Túlio Vieira cumprimentando Michel Temer na Barragem de Jucazinho. | Foto: Agencia Brasil

OPINIÃO ///
Às vésperas da saída da prefeitura, Túlio Vieira registra como legado boas realizações e implantações, mas também erros que lhe custaram à reeleição. O poder de articulação, visando o período de pleito, amadureceu tarde e foi talvez seu calcanhar de Aquiles. Desse modo, ele lutou contra quase tudo e todos, inserido numa conjuntura desfavorável, entrelaçada num país de crises. Algumas bem nossas, como a da água.
 
A foto ao lado de Michel Temer, que visitou Surubim no dia 09 de dezembro, é emblemática, porque capta (sem intenção programada) semblantes distintos. O do Prefeito denota desconfiança. Já o do Presidente do PMDB, escancara uma “demagoga simpatia”. Afinal, o partido de Túlio é o mesmo de Dilma. Mas, convenhamos, antes do impeachment com requintes de golpe, o Brasil já vinha cambaleando com um governo caótico da Presidenta do PT.
 
À vista disso, é preciso reforçar com uma análise ponderada. Túlio escolheu erroneamente alguns dos membros que compuseram sua equipe durante 4 anos e deixou de fazer alianças, vislumbrando respaldo majoritário. O prefeito de Surubim também pecou no marketing da gestão, por culpa da sua (não) assessoria. Mas vale mencionar que o mesmo pegou a prefeitura enfrentando uma sequência de invernos cruéis e justamente quando PT e PSB cortaram o vínculo que perdurou por anos em Pernambuco, com benefícios mútuos.
 
Ainda teve que deparar-se com aumento do desemprego, estagnação econômica, segurança pública sucateada e repasses estaduais e federais aquém; alguns emaranhados em processos burocráticos que freavam as verbas. Apesar disso, o prefeito deixa o poder com as contas em dia, obras produtivas construídas, reconhecimento positivo de boa parte da população surubinense e nenhum envolvimento em escândalos de corrupção. Por fim, ver Túlio encontrar-se com um Presidente da República que “traiu sua maior aliada em Brasília”, remete a algo familiar. Já que ele até certo ponto foi “traído por seu antecessor”, Doutor Flávio, que a partir de janeiro volta à situação em Surubim, ao lado de antigos rivais. Irônico, não?

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