Chacrinha merece homenagens, sim, senhor!

Foto: Surubim News/Montagem Ilustrativa

Foto: Surubim News/Montagem Ilustrativa

100 ANOS DO VELHO GUERREIRO ///
Existe uma injustiça sobre Chacrinha e seu vínculo com Surubim, disseminada desde outrora por gente mais velha. Que é a que Abelardo Barbosa não valorizava sua terra natal. O que caiu no imaginário popular, sustentado pela opinião de uma minoria oriunda de gerações passadas, não reflete a realidade, definitivamente. “Meu pai, o saudoso Nilson Mota, no ano de 1970, assistiu o Tricampeonato Mundial da Canarinha no apartamento de Abelardo Barbosa. Na ocasião ele estava acompanhando a eterna Miss Ana Almeni, representante de Surubim e Pernambuco no Miss Brasil do referido ano. Pois bem, meu pai foi muito bem recebido por Chacrinha, participando até como júri em seu programa semanal da Rede Globo.” – conta o professor surubinense, Rogério Mota.
 
Vamos ao ponto com exemplos para um parâmetro: Carmen Miranda nasceu em Portugal, mas se considerava brasileira, pois sua carreira transcorreu e se engrandeceu no Brasil, até atingir o pico nos Estados Unidos; Nelson Rodrigues nasceu no Recife, porém, mudou-se com 4 anos para o Rio de Janeiro e por lá se transformou num carioca nato de coração e cronista genial; vários surubinenses resolvem morar na Região Metropolitana depois da conclusão do ensino médio e por lá se estabelecem, considerando-se metropolitanos; Incontáveis nordestinos adentram no proletariado de São Paulo e instantaneamente viram “paulistanos”.
 
Então por que o Velho Guerreiro, que saiu daqui com menos de 10 anos, quando Surubim era apenas uma vila remota não emancipada, teria obrigação de amar tanto uma cidade que quase não fez parte da sua vida? Isso me parece lógico. Ele cresceu, estudou, se profissionalizou, se consolidou e envelheceu em outros lugares, por várias décadas! Já consagrado, Chacrinha apareceu aqui duas vezes, nos tempos que os prefeitos eram Antônio Barros e Zé Arruda. Emocionando-se no retorno, recebendo homenagens, curtindo o Carnaval local e prestando condolências pra falecida mãe. Quando ele morreu, foram registrados depoimentos positivos de familiares que realmente o conheciam; o Globo Repórter veio para Surubim fazer matéria, Alceu gravou o clipe de Roda & Avisa aqui, etc.
 
Olha só – presta atenção! –, a cidade de Varginha em Minas Gerais promove o seu turismo com ETs! Portanto, como alguns ainda criticam o fato de existir homenagem para o centenário do surubinense mais ilustre da história? Um surubinense que não tem sequer um busto em praça pública ou estátua na entrada da cidade. Desse modo, a pessoa tem que ser muita amargurada e/ou desinformada pra não admitir que Chacrinha nunca renegou suas origens, independentemente da pouca aproximação com Surubim. Pelo contrário, ele derramou lágrimas sinceras quando retornou com visitas pontuais. Sem mais!

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