Seis suspeitos de ação contra bancos no Grande Recife foram mortos, diz polícia

(fonte: G1)
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A investida criminosa contra duas agências bancárias no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, na madrugada desta quinta-feira (2) envolveu, pelo menos, nove pessoas, das quais seis foram mortas e outras três foram presas, segundo as polícias Civil e Militar. De acordo com os comandos, o trio foi detido após ter se rendido aos policiais que seguiram para o local e os outros seis foram perseguidos até um canavial no município de Moreno, também no Grande Recife, onde trocaram tiros com o policiamento e não resistiram após serem baleados.
 
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (2), os comandos das polícias informaram que três pessoas foram feitas reféns durante a ação. “Esses reféns chegaram a ser feridos pelos suspeitos durante a ocorrência, mas todos passam bem. Eles foram liberados antes mesmo de o segundo grupo fugir”, esclarece o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Amaral. Vítimas e testemunhas foram levadas para depor na sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), na Zona Oeste do Recife.
Material apreendido pela polícia foi apresentado em coletiva de imprensa no Recife nesta quinta (2) (Foto: Marina Meireles/G1)

Material apreendido pela polícia foi apresentado em coletiva de imprensa no Recife nesta quinta (2) (Foto: Marina Meireles/G1)

Os integrantes da quadrilha são de estados como Pernambuco, Alagoas, Acre e Rio Grande do Norte. “Notamos que essa quadrilha tem atuação interestadual porque, logo após o assalto à Brink’s, no Recife, houve uma ocorrência semelhante no Sertão do Rio Grande do Norte. Isso pode nos sugerir uma ligação com a quadrilha que atuou aqui e a investigação está trabalhando para avaliar essa possibilidade”, explicou o chefe da Polícia Civil.
 
Ainda de acordo com Amaral, os três presos foram levados para prestar depoimento no Depatri e vão responder pelos crimes de organização criminosa, roubo qualificado, uso de arma de fogo, concurso de pessoas e restrição da liberdade. Para cada um dos envolvidos, a pena é de 68 anos de prisão, podendo ser dobrada devido às duas agências que sofreram a tentativa de assalto.
 
MATERIAL APREENDIDO – Durante a investida criminosa, o grupo conseguiu o acesso à área da tesouraria dos bancos, mas não conseguiu explodir os cofres das duas agências bancárias. No local, foram apreendidos cerca de R$ 90 em moedas. O armamento utilizado pelo grupo, no entanto, demonstra que a quadrilha estava preparada para levar todo o numerário das agências, segundo a polícia.
 
Entre as armas apreendidas, estão três fuzis — capazes de derrubar aeronaves e de perfurar carros blindados —, uma espingarda, uma metralhadora, seis pistolas e dois revólveres, além de munições de diversos calibres. Também foram apreendidos oito celulares, coletes à prova de balas, carregadores de armas, materiais para curativos e três carros utilizados durante a fuga dos envolvidos na ação.
 
O material apreendido, bem como as marcas de sangue deixadas no canavial, já foi coletado pela Polícia Científica e passa por análise. “Faremos o confronto desse material genético coletado nessa ocorrência com os dados que já temos arquivados. Esse procedimento é feito para verificar se há alguma ligação com outros crimes, como o assalto à Brink’s”, explica a chefe da Polícia Científica, Sandra Santos.

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