Doria me provoca para ganhar projeção nacional, diz Lula

Em entrevista a rádio de Pernambuco, ex-presidente também falou que "pessoas que deram o golpe não sabem o que fazer com o Brasil"

Em entrevista a rádio de Pernambuco, ex-presidente também falou que “pessoas que deram o golpe não sabem o que fazer com o Brasil”

(fonte: Carta Capital)
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira 4 que não se preocupa com o avanço da onda em favor do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para a disputa das eleições presidenciais em 2018 e que os ataques do tucano fazem parte de uma estratégia para ganhar visibilidade. “Há tempos ele vem provocando, na tentativa de que eu aceite o debate para poder se projetar na disputa nacional. Ele que faça campanha com o partido dele, como bem entender. Eu tenho outras preocupações, eu acho que o Brasil precisa efetivamente voltar a crescer e gerar empregos, que é o que o povo precisa”, disse Lula.
 
A declaração foi dada em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, depois que o jornalista Geraldo Freire perguntou ao petista se ele se “assusta” com Doria. “Sinceramente, eu acho até desagradável em uma entrevista no estado de Pernambuco falar de uma pessoa que não é sequer conhecida no Brasil, ou seja, uma pessoa que sequer está fazendo o seu dever como prefeito da cidade de São Paulo”, respondeu Lula. Durante a entrevista, que durou cerca de 15 minutos, o ex-presidente afirmou, ainda, que o governo Michel Temer não tem credibilidade e que apenas a eleição direta de um novo presidente da República será capaz de tirar o País da crise.
 
“As pessoas que deram o golpe no Brasil não sabem o que fazer com o Brasil. As pessoas prometeram que o problema era o PT, que o problema era a Dilma. Derrubaram a Dilma, tentaram destruir o PT, e um ano depois a situação do Brasil está pior”, disse. “Se você tem um governo que não goza de credibilidade junto ao povo, junto às instituições, junto aos empresários e a nível internacional, nada que essa autoridade decida terá qualquer valor, porque as pessoas não respeitam. É preciso que a gente tenha um presidente eleito democraticamente pelo voto, ou presidenta, para que o Brasil volte a recuperar credibilidade, para que as instituições voltem a funcionar e para que a gente possa fazer o Brasil caminhar para frente”, continuou. O ex-presidente concedeu a entrevista por telefone, de sua casa em São Bernardo do Campo (ABC paulista).

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