O uso do cachimbo faz a boca torta
CONJUNTURA POLÍTICA /// Duas notícias veiculadas no final de junho de 2014 incomodaram fortemente aqueles que ainda nutrem a esperança de que é possível construir um país melhor. Essas pessoas têm a certeza de que não se faz uma grande nação apenas com obras de “pedra e cal”, mas, sobretudo com pessoas que deem exemplos dignificantes, de decência, de honestidade.
A corrupção no panorama nacional parece ter ganho a batalha final contra o Ministro Joaquim Barbosa que não resistiu ao rolo compressor da impunidade que é a mãe dos crimes contra a pátria e contra o povo. Ele despede-se do Supremo Tribunal Federal depois de ter imposto um sério revés à correnteza da imoralidade reinante e levado à prisão personagens exponenciais do partido que se encontra no posto mais elevado do Poder Público Brasileiro.
Ao sair de cena aquele que incorporou em alto grau a luta contra a corrupção que corroí as instituições públicas, tudo volta ao que era antes. Nos bastidores do poder festeja-se essa conquista ao ponto de que o PT indicou o ex-prefeito Flávio Nóbrega à segunda suplência do Senador João Paulo. Eles riem da Justiça, pois têm a certeza de que as denúncias contra nosso político já caíram no esquecimento.
A sabedoria popular mais outra vez acerta em cheio quando diz que “o uso do cachimbo faz a boca torta”. Com certeza nós que nos pugnamos pela moralidade administrativa, seremos, pelo andar da carruagem, mais cedo ou mais tarde, vaiados em praça pública.
Fundador e editor-chefe do Jornal Correio do Agreste, além de comentarista político, escritor, pecuarista e entusiasta cultural.