Análise sobre o cenário político do Brasil

OPINIÃO /// O vice assume através de um plano maquiavélico, promove medidas distintas àquelas da Presidente, pratica um projeto político totalmente diferente daquele votado pela maioria (que já era uma porcaria, célula-mãe para o neoliberalismo do século XXI, vale ressaltar) e ainda assim tem gente que sustenta essa falácia de que quem votou em Dilma, votou no Temer. Todo esse malabarismo para transferir responsabilidades, fugir da autocrítica e não admitir que financiou o golpe apoiando Aécio Neves, base aliada e a mídia.
Foto: Google Imagens

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Se o eleitor petista e o PT têm culpa, ela é condicionada por acreditar na conciliação de classes lá atrás e que se curvando à direita conquistaria fácil governabilidade. E só. É claro que nessa crise política sem precedentes o lulopetismo jamais poderá ser deixado de lado, como se fosse vítima, como sugere Lula o tempo todo. Mas daí a “oposição” pagar de isenta é muito cinismo e safadeza. PT, PSDB e PMDB sempre foram uma coisa só, mas com discursos diferentes.
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O “Fora todos!” só surgiu quando o atual Governo passou a promover Estado mínimo e cortar os direitos do povo. Foi nessa que o pobre de direita – componente da massa, mas sem consciência de classe e um completo alienado – até então um dos pilares do golpe, mudou o tom do discurso. Porque se antes Aécio era sinal de mudança, segundo eles, com a saída de Dilma todos mantiveram Temer com o seguinte mantra: “Deixa o homem trabalhar, ele não tem culpa dos 13 anos de fracasso do PT e as coisas não vão mudar em 2, 3 anos.”.
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Agora é fácil sair por aí com toques de soberba e sarcasmo achando que não tem nada a ver com isso, que ter apoiado corruptos favoráveis ao impeachment não fez diferença para o caos que vive o país. Enfim, não dá para esperar muito desse pessoal que apoia a elite escravagista e é nato bonequinho de ventríloquo das classes dominantes. É patológico demais. E podem ter certeza: vai ter muita gente ainda votando nesses caras de novo, como se nada tivesse acontecido.
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2018 é logo ali e o cenário é assustador. Mas, nada tão diferente das eleições anteriores, qualquer voto é contrarrevolucionário. E qualquer um que entrar vai servir para manter (ou reconstruir) a democracia burguesa: o desmonte do Estado vai acontecer, as reformas vão passar e o povo se ferrar cada vez mais.

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