Pernambuco termina 2017 com 5.424 mortes violentas e quase 120 mil casos de roubos e furtos

(fonte: Diário de Pernambuco)
 
Pernambuco terminou o ano cravando índices alarmantes de violência. Em doze meses, as mortes violentas chegaram a 5.424. O recorde histórico desde a implementação deste tipo de balanço pela Secretaria de Defesa Social (SDS), feito em 2004, carrega o peso de uma média de 14,8 assassinatos e latrocínios por dia. Comparando ao ano anterior, 2016, foram 945 óbitos a mais. Os crimes contra o patrimônio, que incluem roubos a estabelecimentos comerciais, bancos, carros-fortes, ônibus e transeuntes, alcançaram a marca de quase 120 mil investidas, foram 119.513 no ano, uma média de 327,4 por dia. No comparativo, 4.711 casos a mais que no ano anterior. Somente de roubos a ônibus, foram contabilizadas, oficialmente, 1.406 ocorrências. A quantidade de estupros registrada nas delegacias do estado chegou a 2.134, enquanto os casos de violência doméstica bateram 33.188.
 
Os dados referentes ao mês de dezembro foram divulgados, nesta segunda-feira, pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco. O órgão comemorou a redução dos números de Crimes Violentos contra o Patrimônio dos últimos dois anos, alcançado em dezembro, quando houve 7.864. A queda foi sentida pelo quinto mês seguido, houve 7.864 registros dessa modalidade criminal em dezembro, contra 8.208 em novembro, 8.903 em outubro, 9.563 em setembro e 10.735 em agosto. Contudo, ao longo do ano, foram cerca de 13 investidas por hora.
 
“Ao todo, o segundo semestre de 2017 teve 7.633 ocorrências de CVP a menos que o primeiro semestre. De julho a dezembro, foram 56.057 casos de roubos e extorsões, com taxa de 588 por 100 mil habitantes. Uma diminuição de 12,5% na taxa, uma vez que no período de seis meses anterior ela havia chegado a 671”, informou a SDS no boletim.
 
Sobre os assassinatos, a SDS lembrou que dezembro foi o segundo mês com menos registros de Crimes Violentos Letais Intencionais de 2017, com 394 ocorrências, contra 406 em novembro e 472 em dezembro de 2016. “Assim como nos CVPs, o segundo semestre do ano também reduziu os CVLIs em relação aos primeiros seis meses. Foram 323 vítimas a menos – de 2.875 para 2.552. O latrocínio foi um dos tipos de crimes que mais diminuiu nesse comparativo entre semestres. Saiu de 143 para 107. Com isso, a taxa de CVLIs por 100 mil habitantes também obteve decréscimo de 11,7% de um semestre para outro: passou de 30,31 para 26,75. Fizemos esse estudo comparativo entre os semestres para demonstrar que há uma tendência, e trabalhamos por resultados mais significativos em 2018”, avalia o secretário Antônio de Pádua.

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