Entrevista com o fisioterapeuta, Maurício Barbosa

BREVE PERFIL: Maurício Gomes Barbosa, 30 anos, é fisioterapeuta, pós-graduado em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil. Atualmente, trabalha no NASF e na Apae Surubim.
 
Maurício, conte um pouco da tua trajetória antes de se tornar fisioterapeuta.
 
Antes de ingressar na fisioterapia, servi ao Exército por 8 anos no Recife. Lembro com carinho da minha época nas forças armadas, com vários momentos que ajudaram no meu amadurecimento. Mas acabei me desligando para realizar um sonho vocacional.
 
Como é o teu trabalho na Apae Surubim?
 
Na APAE eu atuo na área da fisioterapia pediátrica, que podeser aplicada em casos de patologias respiratórias, más formações congênitas, doenças neurológicas, hiperatividade, atraso no desenvolvimento ou paralisia cerebral, microcefalia, entre outras diversas doenças neurológicas.
Maurício Barbosa atendendo na Apae Surubim! | Foto: Lulu/Surubim News

Maurício Barbosa atendendo na Apae Surubim! | Foto: Lulu/Surubim News

Como é o clima de trabalho na Apae Surubim?
 
A sessão de fisioterapia na APAE tem momentos muito agradáveis. Também atividades lúdicas, envolvendo os pais e outros responsáveis pelas crianças. Além da orientação à família sobre o que pode ser feito em casa a fim de otimizar futuras sessões.
 
Não somente pela atuação clínica, mas também pela satisfação pessoal, você se doa à causa, presume-se.
 
Um olhar muda tudo. Basta observar a evolução, a alegria por serem tratados com igualdade, por estarem sendo incluídos na sociedade. Sinto-me imensamente honrado em fazer parte da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Surubim(Apae). É uma instituição nova, mas que tem tudo para crescer e alcançar altos voos. Por causa do profissionalismo da presidente Bárbara Negromonte, da sua direção e todos os profissionais que compõem a equipe diariamente, trabalhando sempre com muito amor para o bem dos pacientes.

Maurício Barbosa atendendo na Apae Surubim! | Foto: Lulu/Surubim News

À parte da Apae Surubim, como frisou anteriormente, existe um vínculo teu com o NASF (núcleo de apoio à saúde da família). Qual ponto pode ser destacado?
 
Eu atuo no NASF e com atendimentos domiciliares em Surubim. Há como ponto positivo o contato mais próximo com a população; poder vivenciar de perto histórias, realidades e ajudar de alguma forma. Porque além do tratamento físico, o fisioterapeuta às vezes acaba sendo bom ouvinte e isso ajuda de certa forma também.
 
Existe ponto negativo? Alguma lamentação?
 
Um ponto negativo é a desvalorização da profissão e dos profissionais. Profissionais esses que muitas vezes se desvalorizam, colocando preços de sessões de fisioterapia muito abaixo! Acho também que a população precisa conhecer mais a fisioterapia, entender que existem várias áreas de atuações, vários cursos de extensões, capacitações que beneficiam o paciente, acelerando o processo de cura.
"Cada dia é uma lição, é um aprendizado... Tornando-me melhor e mais humanos!" (Maurício Barbosa) | Foto: Lulu/Surubim News

“Cada dia é uma lição, é um aprendizado… Tornando-me melhor e mais humanos!” (Maurício Barbosa) | Foto: Lulu/Surubim News

Apesar dos pesares, a fisioterapia te satisfaz? Conclua.
O que me faz querer trabalhar, se doar por inteiro diariamente, são as crianças! Os sorrisos! A simplicidade que elas me proporcionam, mostrando que com pouco podemos ser felizes! Cada dia é uma lição, é um aprendizado… Tornando-me melhor e mais humano!

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