Não foi uma “carreata gourmet” regada à cerveja e farra em prol de um candidato. Também não se tratou de uma passeata conduzida por lideranças políticas da região, com fins eleitoreiros. Toda manifestação é válida, contanto que seja aprovada pelo Ministério Público (e demais autoridades), mas é preciso separar o joio do trigo.
Foto: Lulu/Surubim News
O que aconteceu em Surubim no último sábado, 29 setembro, simultaneamente em várias outras cidades espalhadas pelo país, representa um ato apartidário e pertinente contra uma figura controversa que caiu perigosamente no imaginário popular (para o bem e para o mal). Ademais, cidadãos de posicionamentos distintos e motivações específicas, participaram.
Foto: Lulu/Surubim News
E antes que alguém questione a legitimidade do movimento, basta lembrar das várias manifestações de 2016 contra Dilma, retirada do poder (inconstitucionalmente). Logo, são pesos e medidas similares, democraticamente falando, por mais que tenham propósitos totalmente diferentes.
Foto: Lulu/Surubim News
Certamente, ver pessoas aderindo à causa, numa cidade pequena e com ares ainda muito provincianos, denota coragem e conota engajamento. Porque o alvo da crítica carrega consigo um mote perigoso, embalado nos interesses das classes dominantes e de outras ligadas por questões corporativistas, distorcidamente religiosas, etc.
Foto: Lulu/Surubim News
É o brado plural de um povo multiétnico, contra um candidato a Presidente extremista, o baluarte das elites e de grupos conservadores – vide suas atuações no Congresso e declarações polêmicas. Somente por isso, vale ir à luta. Pois estamos diante de um pleito que pode ser determinante às pretensões de avanços sociais necessários, num Brasil tão desigual e infelizmente dividido. Dessa maneira: ELE NÃO! ELE NUNCA!
Apesar de modesto, o ato contra Bolsonaro de Surubim ganhou destaque numa página de esquerda muito conhecida e influente no Brasil. A Mídia Ninja!