Hoje, 15 de maio, milhares de professores e estudantes foram às ruas de várias cidades do Brasil, protestar contra o congelamento de verbas do MEC à educação universitária. Não à toa, após avaliar minuciosamente os dados, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão classificou a decisão do Governo Bolsonaro como: inconstitucional.
Na contramão do que acontece por aqui, a ministra alemã da Educação, Anja Karliczek, anunciou na semana passada o acréscimo de 160 bilhões de euros em repasses para universidades. As verbas vão consolidar aumento médio anual de 2 bilhões em investimentos para o ensino superior e centros de pesquisas, entre 2021 e 2030.
“Com isso estaremos garantindo a prosperidade de nosso país no longo prazo”, afirmou Karliczek em Berlim. A decisão do governo alemão foi elogiada pelo presidente da associação de reitores, Peter-André Alt, e pela oposição, inclusive.
Já Bolsonaro – um dos entusiastas do impeachment de Dilma –, generalizando, rotulou os manifestantes universitários como “idiotas úteis”, a fim de descredenciar uma reivindicação legítima. Desse modo, portou-se novamente de maneira inadequada, mostrando o quão é cínico e oportunista, acerca de “protestos”.
Em resumo, enquanto na Alemanha figuras públicas deixam de lado diferenças ideológicas e partidárias, mobilizando-se a favor do mesmo objetivo, ou seja, avanços educacionais em incontáveis diretrizes. O Brasil sob o prisma de Bolsonaro procura amordaça professores, sucatear instituições públicas, reduzir bolsas de estudo e designar rótulos pejorativos àqueles que se posicionam contrários a ele.
Tudo isso para favorecer investidores da Associação Nacional de Universidades Privadas, incluindo a vice-presidente da ANUP, Elizabeth Guedes, irmã do ministro da Economia do Governo Bolsonaro. E também para aprovar a (indigesta) Reforma da Previdência, repleta de pontos questionáveis. Haja vista o ministro da Educação, Weintraub, insinuando nos seus pronunciamentos, em tom de chantagem, que a aprovação da Reforma da Previdência é crucial para o desbloqueio de recursos federais.
Por essas e outras, todo dia vem à tona na nossa conjuntura um “7 a 1” diferente. Ê…