Com apenas 12 deputados na base, Raquel Lyra enfrenta greves e impasses em Pernambuco
Responsável por encerrar um ciclo de 16 anos do PSB em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB) vem encarando uma série de turbulências à frente do Executivo estadual. Com apenas 12 dos 49 deputados em sua base, o que obriga o governo a negociar com o Legislativo a cada votação, a tucana enfrenta ameaça de greve de professores e rodoviários e sofre com os resquícios de um “exoneraço” que promoveu ao assumir a cadeira. Além disso, o PT, que hoje adota uma postura de independência no estado, deverá migrar para a oposição.
O reajuste para os professores gerou um impasse para Lyra nas últimas semanas. Após meses de tramitação na Assembleia e de ter sido reprovado pelas comissões de Educação e Finanças, o aumento salarial de 14,95% do piso foi aprovado em plenário no fim de junho. A proposta contempla 28 mil profissionais — 6 mil efetivos, 19 mil temporários e três mil recém-contratados — mas o sindicato da categoria diz que outros 52 mil servidores ficaram sem reajuste.
Uma greve foi declarada para a última terça-feira, mas não foi deflagrada, já que o Tribunal de Justiça de Pernambuco a declarou ilegal.
— A maioria da categoria não recebeu proposta alguma. A governadora se reuniu com os professores, mas não trouxe solução. Precisamos que o governo Raquel Lyra saia do Palácio das Princesas e dialogue com a população de fato — diz a líder da oposição na Alepe, a deputada Dani Portela (PSOL).
Na última semana, a tensão também aumentou entre os rodoviários e os metroviários, que promoveram uma greve na Grande Recife. Os servidores pedem reajuste salarial. O metrô chegou a ficar 48 horas sem funcionar. No Twitter, Raquel Lyra afirmou respeitar o direito dos trabalhadores de se manifestarem.
(Fonte: O Globo)
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