Com Grafite a todo gás, Santa vence e segue na cola do G4 da Série B

(fonte: Diário de Pernambuco)

Fora o aumento no quadro de sócios e a exposição midiática dada ao Santa Cruz por Grafite, o atacante deu mais uma prova que vai dar resultados dentro de campo. O camisa 23 foi novamente fundamental para mais uma vitória do Tricolor na Série B. Na noite desta terça-feira, apesar das ainda visíveis limitações físicas e da falta de ritmo, conseguiu permanecer em campo por 94 minutos. Fez o primeiro gol dos corais na virada por 2 a 1 sobre o vice-lanterna Mogi Mirim, no Arruda, e foi o mais eficaz de todo o sistema ofensivo. Numa partida apenas razoável do time, o resultado ficou de bom tamanho.

Nem de longe o público recebido no Arruda lembrou o do último sábado. Justificável. Sem o apelo da reestreia de Grafite, com chuva persistente caindo no inconveniente horário de 19h, a queda no comparecimento dos torcedores era esperada. Mas nada que freasse a empolgação de quem marcou presença para ver o time coral dar sequência à sua caminhada ao G4 da competição. O que freou a torcida, na verdade, foi um gol de Geovane – ainda aos 13 minutos do primeiro tempo. O Arruda silenciou. Por pouco tempo. A reação tricolor veio logo em seguida.

Grafite voltou a marcar pelo Santa no segundo jogo disputado pelo clube e ajudou a definir virada em casa.

Grafite voltou a marcar pelo Santa no segundo jogo disputado pelo clube e ajudou a definir virada em casa.

Com Grafite na equipe, o Santa acabou ganhando um ponto forte: o jogo aéreo. Uma boa alternativa para o confronto amarrado no meio-campo diante de um vice-lanterna que parecia não ceder fácil o resultado. Justamente por cima, seis minutos depois de ter sofrido o gol, o Tricolor conseguiu empatar. Assim como diante do Botafogo, Grafite fez, de cabeça: 1 a 1. As jogadas mais perigosas do atacante foram mesmo pelo alto.

Por baixo, o centroavante ainda se mostrou pouco eficaz. Perdeu um gol sozinho, antes de ter chutado uma bola sem direção para fora na etapa inicial. Bem que Grafite poderia ter balançado as redes pela terceira vez no retorno dele ao clube. Lelê sofreu pênalti aos 29, porém foi Anderson Aquino quem pegou a bola para cobrar a infração. Ávido pela artilharia, o atacante virou o jogo e assumiu o posto de goleador isolado do campeonato.

Segundo tempo

O Santa Cruz não conseguiu criar muito no segundo tempo – nem por cima, nem por baixo. O gramado pesado, é verdade, contribuiu para que as jogadas mais trabalhadas não saíssem. Para dar mais mobilidade ao time, o técnico Marcelo Martelotte tirou Anderson Aquino e botou Luisinho. Pouco adiantou. Vitor e Lúcio seguiram sem apoiar tanto nas laterais e a criação ficou limitada aos poucos inspirados Lelê e João Paulo. A melhor chance foi Grafite quem criou. Serviu Luisinho, mas o meia-atacante, cara a cara com o goleiro Mauro, mandou a bola por cima.

Ficha do jogo

Santa Cruz 2
Tiago Cardoso, Vítor (Moradei), Neris, Danny Morais e Lúcio (Marlon); Wellington, Bileu, João Paulo, Lelê e Anderson Aquino (Luisinho); Grafite. Técnico: Marcelo Martelotte.

Mogi Mirim 1
Mauro, Edson Ratinho, Fábio Sanches, Paulão e Luan (Michel); Magal, Léo (Gustavo), Franco, Serginho e Geovane (Júnior Juazeiro); Rivaldinho. Técnico: Sérgio Guedes.

Estádio: Arruda (Recife-PE)
Árbitro: Andrey da Silva (PA)
Assistentes: Heronildo Freitas da Silva (PA) e Hélcio Araújo Neves (PA)
Gols: Geovane (13′ do 1T, Mogi); Grafite (19′ do 1T, Santa) e Aquino (29′ do 1T)
Cartões amarelos: Grafite (Santa Cruz); Mauro, Léo, Paulão e Geovane (Mogi).
Público: 13.660
Renda: R$ 166.030,00

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