Vivenciar é melhor que acessar!
CRÔNICA ///
O “olá” está sendo substituído por “qual é a senha do Wi-Fi?” nos estabelecimentos de Surubim. Não que seja exclusividade da Capital da Vaquejada, muito pelo contrário. As ditas “manias modernas” já estão inclusas nos hábitos rotineiros da sociedade, principalmente nas novas gerações. Porém, é difícil não se sentir saudoso, lembrando-se de anos atrás. Ou, mesmo, incomodado com alguns aspectos do uso excessivo dos smartphones.
Por exemplo, às vezes torna-se chato, diante da deselegância alheia, sair em conjunto. Você vai à Piaba, Capitu, Peixada do Dadal, Boi Na Brasa, Brasa Quente e constantemente fica “no vácuo”. É interrompido por alguém que prefere cortar a conversar dizendo “olha o que colocaram no grupo” (em menção ao WhatsApp). É desprezado por outro que está vidrado nas fotos do Instagram. E por aí vai! Os olhos nos olhos estão perdendo espaço para os olhos nas telas.
As surubinenses, Talita Gonçalves, 21 anos, e Lidia Gonçalves, 15 anos, ilustram (na foto e no dia a dia) o que vem acontecendo nas relações de várias pessoas. Enquanto uns tentam conversar no mundo real, outros preferem se focar no mundo virtual. Talvez por vício impulsivo. Certamente pelo efeito confortante e interativo proporcionado pelas redes sociais. Que, sim, são pertinentes e trazem gratos benefícios. Todavia, toda via de mão única leva ao mesmo caminho. Deixando pra trás grandes oportunidades. Evidentes ao nosso redor, sem aparatos tecnológicos. Porque vivenciar sempre será melhor que acessar (a internet).
A comunicação me fascina. Gosto de relatar, informar e opinar. Portanto, pus no ar um site pra expor minha terra de uma maneira dinâmica, sob o meu prisma e o de outros autores.