A violência em Surubim (e no resto do país)
“Os problemas da segurança pública brasileira são reflexos de um legado político autoritário: uma engenharia político-institucional que conecta os dilemas da violência urbana atual ao passado da violência rural. As bases do sistema público de segurança (ainda) estão assentadas numa estrutura social historicamente conivente com a violência privada, a desigualdade social, econômica e jurídica e os ‘déficits de cidadania’ de grande parte da população.” – as palavras do criminologista Robson Sávio Reis Souza falam por mim.
Nos últimos dias, foram contabilizados 4 homicídios em Surubim. Os números negativos envolvendo furtos, assaltos e assassinatos só crescem. Nos últimos anos, nosso município saiu do status de “pacato” para “perigoso”. Seja por vingança, ganância ou ruindade, adentramos na era da banalização dos crimes. A sensação de medo e impunidade predomina em boa parte dos surubinenses.
“Dar novo conceito à segurança significa considerar que o centro da mesma é o cidadão. Entendida como um bem público, a segurança cidadã refere-se a uma ordem cidadã democrática e permite a convivência segura e pacífica.” – completa Robson Sávio Reis Souza.
As mudanças precisam horizontar o longo prazo. Medidas imediatistas – sobrecarregando penitenciárias com bandidos de baixa periculosidade –, são apenas camuflagens para um mal maior. Que se estende por impasses institucionais, desestruturando políticas públicas de segurança (polícias, sistema prisional, judiciário, etc.). Sim, a violência alimenta-se das diferenças socioeconômicas no país, mas também da omissão, da falta de reivindicações engajadas direcionadas para um bem maior chamado: compromisso coletivo. A priori, precisamos nos mover, antes que o “toque de recolher” nos domine.
A comunicação me fascina. Gosto de relatar, informar e opinar. Portanto, pus no ar um site pra expor minha terra de uma maneira dinâmica, sob o meu prisma e o de outros autores.