Ação humana agrava falta d’água e compromete futuro dos recursos hídricos no Brasil

Está nas manchetes, capas e chamadas dos noticiários há algumas semanas. A seca grave que atinge o Centro-Sul do Brasil, onde ficam os reservatórios das hidrelétricas responsáveis por 70% da geração nacional de energia, como Furnas (MG), faz o País enfrentar a pior crise energética dos últimos 20 anos.
 
Como um fantasma que assombra quem já está abalado pelo contexto caótico de pandemia, inflação e desemprego, o medo do “apagão” traz de volta à memória o racionamento de 2001, quando o Governo Federal realizou uma série de blecautes para evitar o colapso da rede de abastecimento. Desta vez, ainda não há previsão de cortes, mas a conta de luz ganhou uma tarifa nova, de “Escassez Hídrica”, subindo para além da bandeira vermelha.
 
Para o futuro, a perspectiva é que, pela forma como o meio ambiente tem sido tratado, os ciclos de seca se tornem mais frequentes e graves, impactando a vida das pessoas nos aspectos mais básicos do dia a dia.
 
Velha conhecida de quem mora no Semiárido nordestino, a falta d’água se intensifica nos períodos de seca no Cerrado, o maior bioma brasileiro depois da Amazônia, que ocupa uma área de 2 milhões de m² do sul do Maranhão ao interior de São Paulo, equivalente a 25% do território nacional. E é um reflexo da ação humana sobre a natureza.
 
(fonte: Folha PE)

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