Atraso no início do inverno pode causar perdas na lavoura em Surubim
É tradição no Nordeste, quando começa a chover em março e a terra está molhada o suficiente, os agricultores começam o plantio de milho e feijão, na esperança de que os meses seguintes
serão de inverno. No entanto, não é isso que vem acontecendo este ano. As primeiras chuvas, que deram condições para começar a plantação, chegaram em março, mas a continuidade das precipitações, fundamental para o crescimento da lavoura não vem ocorrendo.
Quem plantou, está vendo os pequenos pés de milho murcharem. Até mesmo o feijão, que é mais resistente ao sol forte e ao calor, também já apresenta sinais de que não vai resistir a mais dias de estiagem. Em março, as chuvas ficaram dentro do nível normal, chegando a 59,6 mm, conforme dados do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), já que o esperado para o período era de 62 mm.
Agora em abril, início oficial do inverno, o quadro mudou. Passamos da metade do mês e só choveu 12,5 mm até o momento em Surubim. A média de chuva em abril é de 68,7 mm, segundo acompanhamento do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A última vez que choveu acima de 10 mm foi no último dia 4. Portanto, na data de publicação desta matéria, já são 13 dias sem chuva e com temperaturas altas, um verdadeiro teste de resistência para as plantações.
Se esse “veranico” (fenômeno caracterizado por um período de estiagem com calor intenso na estação chuvosa), continuar por mais alguns dias, as perdas nas lavouras serão irreversíveis.
(fonte: Correio do Agreste)
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