Barragem de Jucazinho atinge nível crítico e Compesa intensifica racionamento em cidades do Agreste

Imagem: Divulgação
A Barragem de Jucazinho, principal fonte de abastecimento hídrico do Agreste pernambucano, atingiu apenas 1,47% de sua capacidade total, que é de 204 milhões de metros cúbicos. Diante do volume alarmante, a Compesa anunciou nesta segunda-feira (3) a implantação de novos calendários de racionamento mais rigorosos em quatro cidades da região, a partir desta terça-feira (4).
Os municípios de Passira, Cumaru, Riacho das Almas e Bezerros, atendidos pelo Tramo Sul do Sistema Integrado Jucazinho, terão períodos mais longos sem abastecimento. Em Bezerros, por exemplo, o rodízio passará de 10 dias com água e 20 sem para 5 dias com água e 25 sem — o regime mais severo entre as cidades afetadas.
A companhia também anunciou a redução da vazão de retirada da barragem, que passará de 400 para 250 litros por segundo, como forma de preservar o volume remanescente.
A estiagem prolongada no Agreste vem se intensificando nos últimos meses, e as previsões da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) indicam chuvas abaixo da média para o restante do ano. O cenário levou a Compesa a se reunir com prefeitos das cidades atingidas para discutir ações emergenciais e medidas de mitigação.
Enquanto a crise persiste, obras estruturantes buscam oferecer uma solução definitiva para o abastecimento. A Adutora do Agreste, que deve beneficiar diretamente Bezerros, já conta com mais de 90% de avanço físico e deve iniciar testes ainda em novembro. Para Passira, Cumaru e Riacho das Almas, a expectativa é de reforço no sistema com a inversão da Adutora de Jucazinho via ETA Salgado, prevista para entrar em operação no início de 2026.
Com o nível da barragem em situação crítica, a Compesa reforça o apelo para o uso consciente da água e alerta que o racionamento deve permanecer até que o volume de chuvas volte a garantir a recuperação dos reservatórios da região.
(Por: Bell Pereira)
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