Caso George Floyd: Delegacia de Minneapolis é queimada em protesto contra polícia
WASHINGTON, 29 MAI (ANSA) – A terceira noite de protestos em Minneapolis pelo caso George Floyd, o homem negro que foi morto por policiais brancos na última segunda-feira (25), resultou no incêndio da delegacia de polícia onde os agentes trabalhavam – bem como em prédios próximos.
Antes dos incêndios desta quinta-feira (28), centenas de pessoas haviam se reunido em frente ao local e em frente à casa do policial que aparece sufocando Floyd, Derek Chauvin, pedindo por justiça no caso. Após as manifestações, no entanto, foram registrados saques em diversas lojas, carros quebrados e incêndios em, ao menos, 16 locais, segundo a polícia.
Não há registros de feridos e a própria delegacia foi esvaziada antes de ser alvo do incêndio. A polícia local, para tentar conter os mais exaltados, usou balas de borracha e bombas de gás contra as pessoas, mas não conseguiu controlar os atos.
Além de Minneapolis, diversas cidades norte-americanas também registraram protestos, como Los Angeles, Nova York, Oakland, Chicago, San Francisco e Denver. Em Manhattan, a polícia informou que 30 pessoas foram detidas por lançarem objetos contra agentes e em Denver a sede do governo local precisou ser fechada após um manifestante disparar tiros com arma de fogo durante o ato. Mas, ninguém ficou ferido.
O governador de Minnesota, Tim Walz, pediu nesta quinta-feira que a administração federal envie a Guarda Nacional para ajudar a conter a violência nos protestos. No entanto, ele não informou se agentes já foram enviados e quantos são.
“É hora de reconstruir. A morte de George Floyd deve levar à justiça e à mudança do sistema, não a mais morte e destruição”, disse Walz ao justificar o pedido.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que na terça-feira (27) havia postado uma mensagem de apoio à família de Floyd e disse que pediu a intervenção do FBI no caso, voltou a se manifestar nesta quinta e condenou a violência nos protestos.
– Investigação: Os quatro agentes envolvidos na morte de Floyd, que foram demitidos no mesmo dia que o vídeo da ação parou nas redes sociais, não estão colaborando com as investigações e se negam a responder os questionamentos dos investigadores.
Segundo as autoridades locais comentaram durante uma coletiva de imprensa, ainda não há nenhuma acusação formal contra eles. O FBI, por sua vez, pediu mais imagens e vídeos do dia da abordagem para analisar a participação de cada um dos quatro.
No principal vídeo postado nas redes sociais, de quase 10 minutos, é possível ver Floyd completamente imobilizado por Chauvin. Diversas pessoas que estavam acompanhando a ação, pediam para que o policial branco tirasse o joelho do pescoço da vítima, que relatou por diversas vezes que não estava conseguindo respirar. Quando o homem ficou visivelmente imóvel, uma ambulância chegou e Floyd foi retirado do local. Na versão oficial, Floyd morreu “após um incidente médico durante uma operação policial”. (ANSA)
(fonte: Isto É)
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