Consumidores sendo consumidos

Sorte do consumidor que nunca flertou com Procon e Pequenas Causas. No Brasil temos que ser meticulosos na hora de solicitar serviços e assinar contratos. Conviver com péssimo atendimento e deparar-se com problemas relacionados ao que adquirimos/utilizamos são rotina. E quando as ligações telefônicas buscando resoluções aparecem, o estresse toma conta da situação.

Porque por mais que existam melhorias estruturais, há empresas que detêm um caso de amor platônico com o descaso (para com os consumidores). Vemos isso em compras pela internet e serviços de operadoras de celulares, por exemplo. Sentimos na pele constantemente a falta do feedback, quando exigimos o que foi acertado a princípio de forma prática. Parece até que precisamos chaleirar às vezes, adentrando em total desconforto.

Esbravejar exigindo o que é justo, eis nossa sina | Foto: ilustração

Esbravejar exigindo o que é justo, eis nossa sina | Foto: ilustração

Não tem como não se revoltar. Muitas vezes, a irritação é nossa única companheira. O país do futuro insiste em levar no presente manias falhas de tempos passados. O Legislativo, o Executivo e o Judiciário precisam de reformas e, nós, de ações conjuntas. Só assim uma nação emergente vislumbrará de fato o mesmo patamar dos países mais desenvolvidos (conjunturalmente).

Porém, pelo andar praticamente imutável da carruagem, acho utópico cogitar mudanças tão significativas e vislumbrantes. Não, não sou pessimista. Sou apenas convicto da desordem aparente numa parcela dos órgãos públicos e privados. Desse modo, o que resta é não se acomodar e ficar atento, bem atento para não figurar na lista dos ludibriados e lesados.

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