Dia 8 de Outubro, Dia do Nordestino
Em tempos de tamanha aversão e preconceito aos nordestinos, toda forma de homenagem é sempre válida.
Se a Grécia é tida como berço da civilização e a África como o berço da humanidade, o Nordeste é o berço da brasilidade. Afinal, o Brasil, de todos os Brasis, nasceu em solos rochosos sob o calor, sol quente, com o acalanto de cabra macho que fala oxente A cultura nordestina sempre esteve, está e estará presente em nossas vidas. Negar a cultura nordestina é negar sua origem. Ser contra o nordestino é ser contra o seu sangue, contra o seu povo.
E, além de ser presente, é essencial. Afinal, é lá que nasceram (e nascem) a maioria dos melhores músicos, pensadores, filósofos, escritores, críticos e educadores. É de lá que saíram (e saem) todos incontáveis rituais, batuques e ritmos. É de lá que vieram (e vem) a proteção de todos os Santos. É de lá que fizeram (e fazem) a melhor culinária.
Se hoje você arrasta o pé no forró, joga a capoeira afro-brasileira, bate cabeça pro seu Orixá, cita Ariano Suassuna e ouve Zé Ramalho, valorize o Nordeste. Se você usufrui o que de melhor esse território proporciona, valorize esse chão. Pois, dentro de você, haverá sempre um nordestino.
O multiculturalismo é o que faz transbordar o amor nacionalista do povo brasileiro. Se não fosse o Nordeste, nada disso existiria. Parafraseando Dori Caymmi: “Quem não gosta de nordestino, bom sujeito não é. Ou é ruim da cabeça ou é doente do pé”. Respeite esse povo, respeite esse chão!