Em outrora foram elas e agora é ela: Ana Célia!

DELAS ATÉ ELA /// Dandara – a guerreira negra e esposa de Zumbi dos Palmares: lutou ferrenhamente contra a escravidão no período colonial durante o Século 17. Maria Quitéria – a heroína militar: batalhou no meio de homens pela Independência do Brasil no Século 19. Chiquinha Gonzaga – a pianista e maestrina: foi a primeira mulher a reger uma orquestra no país e se destacar como compositora. Leolinda Daltro – a professora ativista: era a favor da integração das populações indígenas por meio da educação laica e precursora do feminismo. Celina Guimarães Viana – a professora vanguardista: quebrou um tabu em 5 de abril de 1928, tornando-se a primeira brasileira a votar numa eleição.
 
Tarsila do Amaral – a desenhista e pintora: inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas e se destacou imensamente no modernismo nacional no Século 20. Carmen Miranda – a cantora e atriz luso-brasileira: com seu jeito irreverente e imponente, fez sucesso no Brasil e nos Estados Unidos, consolidando-se como uma figura icônica. Zilda Arns – a médica pediatra e sanitarista: foi indicada várias vezes ao prêmio Nobel da Paz, pelas suas conquistas sociais, incluindo avanços significativos na diminuição da mortalidade infantil. Maria da Penha – a farmacêutica que ficou paraplégica por conta de agressões sofridas: é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, tendo seu nome se transformado numa Lei em 2006, que estabelece aumento nas punições às agressões sofridas.
Foto: Facebook/Fan Page de Ana Célia Farias

Foto: Facebook/Fan Page de Ana Célia Farias

Quando uma mulher se notabiliza, contrariando paradigmas patriarcais, torna-se matriz de bons exemplos. Provando com resistência e competência, o quão merece o que alcançou. Ao longo da história, milhões de mulheres sofreram, enfrentando a imposição repressora do machismo. Até então não é fácil. Há abusos, subestimações e desvalorizações, salvo o que mereça ser comemorado. Portanto, por tantos preconceitos superados e outros ainda presentes, vale parabenizar a futura prefeita de Surubim. Que precisa a partir de 2017 governar positivamente. No entanto, também, esfacelar a desconfiança de quem lhe vê ofuscada pelo marido e por um ex-prefeito respaldado, que abraçou sua campanha.
 
Com certeza, a assistente social e política do PSB representa em terras surubinenses um legado de conquistas femininas, permeado através de gerações. Sua responsabilidade é proporcional ao tamanho da comemoração pela candidatura angariada – vide o show animado de ontem com a Banda Eva. Não simplesmente por ser mulher, mas primordialmente pela experiência adquirida em repartições públicas, está chegando a hora de protagonizar com êxito o que almeja há tempos. Pois o desejo de mudança venceu. Dessa maneira – tendo em perspectiva grandiosas mulheres supracitadas e tantas outras não mencionadas –, em outrora foram elas e agora é ela: Ana Célia!

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