Emergência pela seca atinge 125 cidades em Pernambuco
(fonte: Diário de Pernambuco)
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Um total de 125 municípios de Pernambuco estão atualmente em estado de emergência graças à estiagem, de acordo com informações da Secretaria da Casa Militar. Apesar de gravíssima, a situação até o final de 2016 deverá ser menos grave que a registrada no último trimestre de 2015, considerando que, até o momento, há a ausência dos efeitos do fenômeno El Niño, que gera aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico. “Neste mesmo período do ano, em 2015, já eram sentido efeitos do El Niño. Por conta disso, em 2016, mesmo com chuvas dentro do esperado, a gravidade da seca tende a ser menos severa que a do ano que passou”, afirma a meteorologista da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Zilurdes Lopes.
Segundo a APAC, até dezembro de 2016 as chuvas devem ficar dentro do normal esperado para a época. Para o Sertão, são aguardadas chuvas isoladas, apesar do último trimestre de cada ano ser o período no qual são registradas as maiores temperaturas da região. A umidade relativa do ar sertanejo não deve ultrapassar os 20% no mesmo período. Em setembro de 2016, dados da agência apontam que a condição de seca foi agravada, com variação entre os níveis moderada, grave e extrema. O efeito foi sentido sobretudo no Agreste, onde a quantidade de municípios atingidos foi aumentada. Na região central de Pernambuco, a situação foi ainda mais grave, com aumento da situação de “seca excepcional”, gerada principalmente por temperaturas até 6°C acima do aguardado para o mês.
Quanto à questão hídrica, 87 reservatórios em Pernambuco são monitorados pela APAC, responsáveis por 90% da capacidade de acumular água no estado. No Sertão, o maior reservatório, o de Poço da Cruz (localizado em Ibimirim), está com apenas 3,72% da sua capacidade, segundo números atualizados até agosto de 2016. Somando todos os reservatórios da região, o acúmulo de água atinge apenas 1% da capacidade. No Agreste, a situação é menos caótica, mas, ainda assim, gravíssima. Somando todos os reservatórios desta região, a água ocupa apenas 7% da capacidade total. Jucazinho, maior reservatório da região, está praticamente em colapso, contando com apenas 0,2% de sua capacidade até setembro. De acordo com Zilurdes Lopes, ainda não há previsão de comportamento pluviométrico durante o verão 2016/2017. O boletim meteorológico quanto serão divulgadas pela APAC em dezembro, baseado nas condições climáticas impostas pelos oceanos Atlântico e Pacífico.
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