Entre tapas e beijos ou simplesmente “amigos”
Entre tapas e beijos (às vezes literalmente, em investidas coloridas) – intrigas e conciliações –, os amigos são sustentados pela alternância das ações. Há laços desentrelaçados pela distância. Há desvínculos causadas pelas divergências. Há a necessidade, o afastamento por questões pessoais e profissionais. Há a tragédia, o fim pelo sucumbir da vida. Há o duro (talvez inesperado) golpe, lutar pelos mesmos interesses com unhas e dentes. Mas além dos tormentos, existem os alentos.
Amigos são parentes entre parênteses; o leque mais informal da família chamada convívio. A espontânea fraternidade nutre mútua admiração, amor sem fim e sem fins oportunistas. Mesmo que balance, nunca cai totalmente; perdoar também é necessário dependendo do contexto. Uma mão lava, e reergue, a outra. Vale até sacanear, porém, apunhalar jamais. O espírito da grata parceria é sustentado dia após dia por detalhes, compreensão e afinidade; brincando de fazer o mal e vivendo para alavancar a bondade. A amizade!
Soneto do amigo (Vinícius de Moraes)
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica…
A comunicação me fascina. Gosto de relatar, informar e opinar. Portanto, pus no ar um site pra expor minha terra de uma maneira dinâmica, sob o meu prisma e o de outros autores.