Entrevista com Wellington Lins, vocalista da banda Fliperama

Membros da Banda Fliperama: Geivinho (contra-baixo), Túlio (guitarra solo), Victor (bateria), Wagner (teclados e segunda voz) e Wellington (voz e guitarra).

 

Surubim News: Lins, fale um pouco sobre a vida de vocês. O que fazem? Como se conheceram? Quando se descobriram músicos?

Wellington Lins: Somos trabalhadores “tradicionais”. Temos a música como um grande prazer e desafogo. Exceto Wagner (tecladista), que vive a música profissionalmente, somos 3 professores e 1 técnico em química. A maioria de nós se conhece desde a infância. A música e “o tocar um instrumento” fazem parte de nossas vidas desde que nos descobrimos como nordestinos que não gostam apenas de forró (risos).

Surubim News: Como surgiu a Fliperama? Qual a proposta da banda? 

Wellington Lins: A Fliperama surgiu há 2 anos, mas a ideia de montar uma banda que abordasse o fascinante som da década de 80 é mais antiga. Victor (baterista) e eu já sonhávamos com uma banda assim desde os tempos em que nos reuníamos pra assistir e gravar clipes no videocassete. Não faz tanto tempo assim, não somos tão velhos (risos). Nós propomos resgatar o som da década de 80. Tocar aquelas músicas que o pessoal possa escutar e dizer “poxa, eu escutava isso no rádio, que legal relembrar!”.

Surubim News: Quais as fontes de inspiração?

Wellington Lins: Gostamos, sobretudo, dos clássicos que rolavam na MTV e no antigo programa Naftalina da rádio Transamérica. Tipo New Wave, Pós-Punk, Rock de Brasília, sucessos dos tempos do Circo Voador… Enfim, qualquer banda/artista nacional e internacional que nos transporte para aqueles tempos nos serve de inspiração.

Banda Fliperama: Wagner (teclados), Victor (bateria), e Wellington (voz e guitarra), Geivinho (contra-baixo) e Túlio (guitarra solo) | Foto: Divulgação/SN

Banda Fliperama: Wagner (teclados), Victor (bateria), e Wellington (voz e guitarra), Geivinho (contra-baixo) e Túlio (guitarra solo) | Foto: Divulgação/SN

Surubim News: Quantos shows já fizeram? Tocam por necessidade ou por prazer?

Wellington Lins: Acho que já entramos na casa das dezenas de shows. Esperamos passar dos 80 (risos). Tocamos por necessidade e por prazer. A nossa necessidade de tocar não é financeira. É para rever amigos, aproveitar os eventos e, por tabela, sentir prazer no que presenciamos.

Surubim News: Relate momentos marcantes.

Bem, podemos relatar 4 momentos mais marcantes. Nosso primeiro show na sede Rock & Cycle, lá no Coqueiro; o Surubim Moto Fest de 2014, onde tocamos pela primeira vez para um grande público; nosso show em Bom Jardim, onde tocamos pela primeira vez fora de Surubim; e a festa de aniversário do primeiro ano da banda em novembro de 2014 na Arena Gol, onde pudemos reunir grandes amigos, outras bandas da cidade e festejar em clima intimista. Foi bem legal.

Surubim News: Como enxergam o cenário alternativo em Surubim? A cena voltou a crescer?

Wellington Lins: Poxa… Sonhávamos em tocar com esse projeto desde os tempos dos shows nos clubes Independência e BNB. Aquela onda acabou. As bandas da época deram uma esfriada. Ficamos muito animados quando percebemos que os eventos de rock na cidade retornaram com bandas novas e veteranos da cena alternativa cheios de gás. Atualmente, a cena ligada ao motociclismo é a melhor referência para nos proporcionar a oportunidade de se apresentar. Esperamos que a “new wave” surubinense continue forte e tome o imaginário cultural da cidade.

Surubim News: Quando vão tocar novamente?

Wellington Lins: Nosso próximo show será no dia 28 de agosto, sexta-feira, às 21h no XII Moto Fest Surubim.

Surubim News: Desde já obrigado pela entrevista. Sinta-se à vontade para considerações finais.

Wellington Lins: Sempre seremos gratos a todos que organizam os eventos musicais e dão oportunidade pra que a Fliperama possa se divertir no palco e também divertir a quem assiste aos shows. Temos planos pra tocar em cidades maiores como Caruaru, Recife e João Pessoa, por exemplo. Já estamos viabilizando as oportunidades de levar o nome de Surubim até esses locais. Mas pra nós, tocar em casa sempre será especial. Afinal, foi nas escadarias das igrejas de São José, de São Sebastião e nas idas e vindas ao Colégio Marista, que sonhamos pela primeira vez com esses momentos. Obrigado pelo carinho de todos que curtem nossa banda.

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