Feliz Ano Novo, sem brilho!

O Pátio da Usina não está sendo mais aproveitado nos últimos Réveillons. | Foto: ilustração/SN

O Pátio da Usina não está sendo mais aproveitado nos últimos Réveillons. | Foto: ilustração/SN

OPINIÃO ///

Sou do tempo que a Celpe desligava a energia na rompida, pra queimar nossas geladeiras e outros eletrodomésticos. Sou do tempo que o pessoal da Zona Rural ia pra missa na Matriz de São José; depois ficava vagando pelos entornos da igreja, comendo confeitos, trajando roupas de gosto duvidoso e povoando a cidade com bastante simplicidade durante o Réveillon.

Sou do tempo que estudantes se encontravam na Praça Dídimo Carneio após meia noite, pra manter a cordialidade (ou falsidade em dia), desejando “Feliz Ano Novo”. Sou do tempo das farras gratuitas no Pátio da Usina, com reboques, bebedeira e divertimento até o sol raiar. Sou do tempo que Surubim oferecia muito mais do que uma queima de fogos num local sem orla, sem shows e sem glamour.

As tradições estão se esvaindo e só prevalecem (boas) lembranças. Ou destacam-se festas e camarotes privados, segregando o povo. A Prefeitura precisa resgatar o que está sendo perdido. Quem dera existisse um coral natalino, apresentações artísticas e uma orquestra bacana tocando no Pátio da Usina após meia noite, no dia 1 de janeiro. Quem dera a virada de ano voltasse a se parecer mais com Carnaval do que com Finados!

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