Nossos forrós, diferentes e essenciais
OPINIÃO /// Os puristas gostam de condenar “o novo forró”. Foi assim nos anos 90, quando bandas como Magníficos, Mastruz Com Leite e Cavalo de Pau reinavam, utilizando guitarras e outros instrumentos elétricos. É assim atualmente, quando as bandas lembram o sertanejo universitário ou a bateria/percussão dita o ritmo, contagiando a galera com uma típica batida de “swingueira”.
Os saudosos gostam de condenar “o novo forró”. Eles falam que hoje as letras contêm obscenidades. Ué, o auge do forró de duplo sentido foi nos anos 70 e 80. Quem aqui nunca ouviu “Severina Xique-Xique” (ele tá de olho é na butique dela) de Genival Lacerda? Sandro Becker, João Gonçalves e Zenilton são outros nomes marcantes daquele tipo de forró malicioso.
Claro, o bom baião e o forró de raiz são inigualáveis – com a sanfona e os relatos nordestinos prevalecendo –, que o diga Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jorge de Altinho, Flávio José, Nando Cordel e outros que preservam a linha mais tradicional. Mas as derivações não são condenáveis, afinal, existem também no samba, no rock e em tantos outros gêneros.
Não apreciar Aviões do Forró, Garota Safada e Forró da Pegação, que tocará em Surubim na Festa de São Sebastião, é compreensível. Porém, nunca condene as diferenças e novas tendências com preconceito, porque elas estão inseridas em todas as áreas, culturais ou não. Então… Vamos curtir, cantar, dançar ou ao menos respeitar um “forrozin gostoso”, seja ele qual for.
A comunicação me fascina. Gosto de relatar, informar e opinar. Portanto, pus no ar um site pra expor minha terra de uma maneira dinâmica, sob o meu prisma e o de outros autores.