O grato carnaval (praieiro), batendo uma bolinha

Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor. O carnaval profere a algazarra, entoa o canto e estimula o requebrado. Diferente do mundo dos boleiros, ser mascarado na folia conta ponto. Ainda mais na enladeirada Olinda dos frevos, maracatus, troças, fantasias e irreverência.

O feriadão querido dos brasileiros povoa cidades badaladas como Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Ouro Preto, esbanjando multiculturalidade. Até acariciar o “pecado” é bem-vindo, portando o estandarte do sanatório geral. Em suma, só a brincadeira é levada a sério.

Carnaval, praia, mar e futebol | Foto: Enrique Castro-Mendivil

Carnaval, praia, mar e futebol | Foto: Enrique Castro-Mendivil

E há quem busque o mesmo denominador comum no amparo maroto das praias ensolaradas regadas a cerveja gelada na beira-mar, batendo uma bolinha. Porque o bloco de fato campeão é o do descompromisso, estimulado por dribles, passes e chutes rasteiros direcionados a uma barrinha improvisada com chinelos, cocos ou gravetos.

Tal atividade reúne crianças, adolescentes e adultos, sem regras severas e competitividade abusiva. Tal atividade agracia famílias, prioriza diversão e queima calorias, enquanto a maré sobe. Tal atividade une pessoas que não se conhecem, mas que têm uma paixão agregadora e apoteótica em especial. O futebol!

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