O mendigo: maior abandonado

Sentado no chão na estação da solidão. Ao vento, ao relento, ao lamento. Um velho homem no Centro de Caruaru protagoniza o passar impiedoso do tempo. Calejado, paralisado, abandonado…
 
Sem morada nem namorada. Com chapéu, cobertor, barba e desamor. Ignorado, decerto, marginalizado. Para outrem, vagabundo. Para si, seu mundo. A cada olhar compenetrado, pensamentos íntimos. A cada julgamento alheio, rótulos ínfimos.
 
À tarde, à noite, pela manhã, no dia a dia, melancolia. Além de histórias particulares, envolvendo emoções, pessoas e lugares. Por ora, sujo, maltrapilho, sem indício do amparo de um filho. Para sempre, retrato daquilo que nas ruas é recorrente. Sina ferida, sofrida, sobrevivida!
 

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