O “nós contra eles” e “os salvadores da pátria”

Quem me conhece sabe o quanto valorizo e respeito a diversidade de pensamentos e opiniões, tão essenciais para a democracia, contanto que sejam fundamentados de forma racional e coerente; o quanto prezo pelo diálogo como forma de solução dos problemas e conflitos encontrados em nossa sociedade.
 
Por tais razões, ao me deparar com o ambiente polarizado em que vivemos e a massa de manobra formada como fruto dessa polarização, me entristeço. É frustrante constatar que ao invés de se debater os problemas reais de nossa sociedade, buscando propor soluções que beneficiem a população, muitos utilizam boa parte do seu tempo nas ruas e nas redes sociais para alimentar uma disputa irresponsável do “nós contra eles”, criando inimigos imaginários e acreditando em falsos “salvadores da pátria”, carregados de discursos clichês e populistas.
 
Algo peculiar a se observar, são as principais fontes de informação dessa grandiosa massa de manobra, formada em ambos os extremos: memes e notícias falsas e/ou sensacionalistas, publicadas e compartilhadas por páginas que apoiam seus respectivos líderes políticos. Negam fatos científicos, externam ódio por quem pensa diferente e ignoram erros e equívocos de seus “ídolos”, com a desculpa de que se não defenderem incondicionalmente, o outro volta ao poder ou continua nele. E assim, cada vez mais, ficam em sua bolha social.
 
O Brasil vive hoje uma triste realidade, onde a ignorância se confunde com virtude e é aplaudida de pé por uma grande massa. A desinformação – e muitas vezes o desinteresse pela política – impossibilita que a população enxergue com clareza a realidade dos fatos. Diante desse cenário, convido todas as pessoas interessadas em transformar a realidade política de nosso país, a buscar aprender mais.
 
Conclamo para que continuemos firmes na luta por um país mais equitativo, desenvolvido e justo. Aos que hoje governam o Brasil, peço com muita serenidade e esperança, que parem de apenas apontar problemas, terceirizando vossas responsabilidades, e passem a propor debates e soluções sérias, para resolver os problemas reais das pessoas reais desse país.
 
O Brasil tem jeito!
 
Depende de nós!
 
Façamos a nossa parte com bom senso e racionalidade.

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