Piora na distribuição de renda no país empurrou 4,2 milhões para a pobreza
O aumento
da desigualdade empurrou 4,2 milhões de brasileiros para pobreza. Estudo dos pesquisadores Pedro Ferreira de Souza, Rafael Osório e Marcos Hecksher, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que 70% do aumento da pobreza entre 2012 e 2021 vieram da piora na distribuição de renda, com os mais pobres perdendo mais recursos que os mais ricos.
Após a queda da desigualdade da década anterior, a distância entre o topo e a base da pirâmide voltou a crescer, o que torna mais difícil erradicar a miséria em 2030, meta assumida pelo Brasil e prioridade anunciada pelo presidente eleito Lula (PT).
A parcela da população com renda per capita de até R$ 292 mensais subiu de 12,8% em 2012 para 15,7%, o maior nível da série histórica. São cerca de 33 milhões na pobreza.
— O país está na contramão do que vinha antes de 2014. Desde a recessão de 2015 e 2016, o aumento da desigualdade tem sido um efeito muito constante. O crescimento até varia, mas, nesse período, a maior parte do aumento da pobreza veio do empobrecimento dos mais pobres. Isso traz preocupação diante do novo normal do mercado de trabalho, muito difícil para os mais vulneráveis — afirma Pedro Ferreira de Souza, um dos autores do estudo.
(Fonte: O Globo)
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