Polícia Federal divulga balanço parcial: 17 presos e mais de R$ 2 milhões confiscados
(fonte: Diário de Pernambuco)
A assessoria de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco divulgou, na manhã desta quinta-feira (13), um balanço parcial dos números da Operação Trevo, deflagrada na madrugada de ontem (12) para desbaratar uma quadrilha organizada que agia de forma ilícita na prática de jogo do bicho, exploração de máquinas caça-níqueis e emissão de bilhetes de loterias “disfarçados” de títulos de capitalização, este último na modalidade popular. Segundo a PF, o Grupo da Sorte, que comercializa o Pernambuco dá Sorte, comandava o esquema fraudulento.
Os números divulgados até o momento surpreendem, ainda mais levando em conta que o suposto grupo criminoso agia, conforme a Polícia Federal, utilizando da boa fé das pessoas que sonhavam em serem sorteadas para receberem prêmios financeiros elevados. Somente em dinheiro vivo, em espécie, a Polícia Federal confiscou cerca de R$ 2,5 milhões e US$ 360 mil dólares (cerca de R$ 926 mil na cotação do dólar de hoje). O dinheiro apreendido em cofres de imóveis usados pelo esquema ainda está sendo contado pelos agentes federais que atuaram nas investigações e devem aumentar ao longo do dia.
A Polícia Federal também informou que, até agora, 19 veículos, supostamente adquiridos através da lavagem de dinheiro nos golpes, foram apreendidos durante a Operação Trevo, a maioria carros de luxo com valores que ultrapassam os R$ 100 mil a unidade, dependendo do modelo. Entre os automóveis, há Land Rover, BMW, Mustang GT e Pajero. Os demais são modelos de médio porte. Até agora, não há confirmação de embarcações confiscadas na operação. Em relação aos mandados de prisão, a assessoria confirmou que já foram cumpridos 19, entre temporários e preventivos, de um total de 24 expedidos pela Justiça Federal somente em Pernambuco.
Até o momento, 17 pessoas estão presas na sede do órgão, no Cais do Apolo, mas a PF não divulgou os nomes dos detidos. No interior do estado, outros 29 mandados de sequestro de bens e busca e apreensão também já foram cumpridos pela Polícia Federal. De acordo com a Polícia Federal, o grupo agia em 13 estados brasileiros e, segundo as investigações, a base do esquema fraudulento estava justamente em Pernambuco sob o comando do Grupo da Sorte. Equipes da Polícia Federal foram à sede da empresa, na Avenida Caxangá, Zona Oeste da Capital, para fiscalizar e analisar documentos. Os investigados podem responder pela prática do crime de contrabando, crime contra o Sistema Financeiro Nacional, jogo de azar e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas ultrapassam o limite de trinta anos.
De acordo com as apurações da Polícia Federal, que vem ocorrendo deste o início deste ano, três grupos formavam a quadrilha: o Grupo Dá Sorte, responsável pelo título de capitalização popular Pernambuco dá Sorte, com ampla comercialização em Pernambuco, A Paraibana, com sede no estado homônimo e vinculado ao jogo do bicho nos nove estados do Nordeste, e Shock Machine, que supostamente atua com montagem de máquinas caça-níqueis programáveis através de um jogo chamado Showball, com sede em São Paulo.
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