Sobre o risco de rompimento de Jucazinho: a nossa sorte é o nosso azar!
Antes de tudo, anuncio que a fotomontagem (destacada na matéria) ilustra a situação de meses atrás, porém, não desconstrói o questionamento levantado no texto. Em abril de 2018 publiquei uma matéria intitulada, “Barragem de Jucazinho: de Temer ao que temer!”. Nela, comentei sobre a ordem de serviço assinada pelo ex-presidente e direcionada às obras emergenciais da reforma do paredão da represa, com valor estipulado em R$12.211.685,57, quando o mesmo visitou Surubim em dezembro de 2016.
A tragédia registrada ontem, 25 de janeiro, em Brumadinho, município localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, traz à tona um problema às aspirações surubinenses. Porque num relatório divulgado em novembro de 2018, com base em dados da Agência Nacional de Mineração, há no país 45 barragens com a estrutura deveras comprometida. Bom, somente 1 delas fica em Pernambuco. Jucazinho!
Em contrapartida, desde 2013, Surubim sofre com uma crise hídrica ininterrupta. Isso fez com que Jucazinho entrasse em colapso, inclusive, só saindo dessa condição no primeiro semestre do ano passado. Mas com armazenamento inexpressivo de água até então, diga-se de passagem. Ou seja, a nossa sorte é o nosso azar.
E, em síntese, mesmo que os reparos sejam feitos na barragem de Surubim, após longo atraso, não existe certeza de que o repasse do Governo Federal, intermediado e executado pelo Governo Estadual, esteja sendo utilizado de maneira adequada e eficiente. A corrupção sistemática que assola o Brasil e as recorrentes calamidades em Minas Gerais, com perdas humanas e incalculável desastre ambiental, são provas cabais da “falta de credibilidade das instituições brasileiras”. Tal condição é histórica e trivial, infelizmente.
A comunicação me fascina. Gosto de relatar, informar e opinar. Portanto, pus no ar um site pra expor minha terra de uma maneira dinâmica, sob o meu prisma e o de outros autores.