Surubim também é terra de rock e motociclismo
ROCK, MOTOCICLISMO & LIBERDADE //
/ Antes mesmo da popularização do rock’n’roll em meados dos anos 50, existiam associações de moto clubes espalhados pelo mundo. Incluindo o Moto Club do Brasil, fundado no final dos anos 20 no Rio de Janeiro. Mas foi a partir do surgimento dos polêmicos Hells Angels, grupo americano habitualmente voltado para motocicletas Harley-Davidson, que o ar libertário começou a ganhar molde na modalidade.
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Ainda mais, depois de estrelas de Hollywood como Marlon Brando (O Selvagem – 1953) e James Dean (Juventude Transviada – 1955) sintetizarem dentro e fora das telas dos cinemas, jovens transgressores. Totalmente divergentes da sociedade conservadora daquela época. Confrontada de vez com o surgimento de Elvis Presley, artistas contemporâneos e o rockabilly. Que ditaram as tendências musicais, estéticas e comportamentais, fundindo a música com um estilo de vida deveras aventureiro (muitas vezes acentuado em cima de uma motocicleta).
Com o passar das décadas, o namoro entre o motociclismo e o rock’n’roll virou um casamento fidedigno, popularizado também em Surubim. Principalmente, após o surgimento do evento intitulado Moto Fest, que em 2016 chega a sua 13ª edição na próxima sexta-feira, 2 de setembro. Pegando gancho no underground surubinense, tão forte desde os anos 90 com Hanagorik e outras bandas pioneiras de metal e hardcore.
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Quem vivenciou e ainda vivencia tudo isso é Rodrigo Guerra, proprietário do tradicional Restaurante Capitu. “A paixão pelo estilo de vida veio junto com a paixão pelo rock’n’roll, duas coisas que no meu entendimento não se separam. Porém, só vim comprar a minha primeira moto e entender de fato o que era ser biker há cerca de 3 anos. Foi quando entrei num outro mundo que não conhecia e compreendi que motociclismo e rock’n’roll rodam na mesma estrada.” – conta Rodrigo.
“Eu me identifico tanto no rock quanto no motociclismo com essa coisa mais roots ou old school como alguns chamam, e que definem, no meu modo de ver, os bikers (‘motoqueiros‘ – que é onde mais me encaixo do que no termo ‘motociclista‘, mas isso é uma definição que causa muita polêmica no meio). Surubim está na ‘rota’ de moto clubes de outras cidades. A vinda de moto clubes antigos e tradicionais, como é o caso do Carcarás, fundado em Brasília em 1982, chega pra fortalecer e amadurecer o cenário local.” – continua explicando Rodrigo.
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“A música sempre fez parte da minha vida e acredito também que define o estilo das pessoas. Cara, tenho na moto uma extensão de mim, nela eu consigo me desprender das ‘loucuras’ do cotidiano. O vento no rosto traz uma sensação de liberdade que só quem anda de moto sabe. As estradas, as pessoas, tudo numa moto é vivido com mais intensidade. Parafraseando o Carcarás – moto clube do qual eu pertenço –, a história se escreve no asfalto. É por aí.” – finaliza Rodrigo, um surubinense apaixonado pelo estilo de vida que possui, aliando o motociclismo com o rock’n’roll e a camaradagem.
A comunicação me fascina. Gosto de relatar, informar e opinar. Portanto, pus no ar um site pra expor minha terra de uma maneira dinâmica, sob o meu prisma e o de outros autores.