Surubim merece respeito!

ELEIÇÕES 2016 /// Passado o prazo convencional, conta-se agora o intervalo até o início da campanha no próximo dia 16. E me pego dividido entre duas cidades. Surubim e Toritama. A primeira é o meu berço, e a segunda me adotou. Embora eu esteja ativamente na segunda, a primeira nunca deixou de ser alvo de minhas observações. Em se tratando de política principalmente, até porque são minhas raízes. Diante das circunstâncias políticas que a terra dos algodoais se encontra, mesmo eu não votando mais nessa cidade, como filho da terra, militei durante 8 anos num determinado grupo político, então me sinto legitimado para tecer minhas considerações a respeito dos capítulos e dos atores políticos desse próximo pleito.

I – Discordo terminantemente da aliança entre Ana Célia e Flávio Nóbrega, porque na minha formação aprendi que, antes de qualquer coisa, devemos ter coerência nas palavras e atitudes. Devemos ter posição (sentir-me-ia envergonhado de ter de me unir e abraçar um cidadão, a qual eu me opus veementemente durante 8 anos, criticando e defendendo um outro lado);

II – Acredito que para se chegar ao poder não devemos “vender a alma ao diabo”, pois o poder pelo poder tem um preço altíssimo, e quem paga é sempre a população;

III – Discordo da escolha do candidato à vice de Ana Célia, por ter a certeza que em nossa cidade há nomes mais capacitados e experientes para ajudar numa eventual gestão socialista, sem precisar se submeter aos caprichos individualistas de uma “nova oligarquia” (cuja prática no passado foi tão criticada por Nóbrega);

IV – Muito embora eu seja um ferrenho crítico do Partido dos Trabalhadores, tenho plena capacidade de reconhecer que a gestão de Túlio Vieira vem se esforçando para manter a governabilidade, mesmo sendo vitimada por uma crise econômica que vem assassinando as gestões fiscais dos municípios brasileiros. Na política, reconhecimento é uma virtude de poucos (levando-se em consideração que Flávio Nóbrega foi prefeito num período em que todas as condições políticas e econômicas foram favoráveis para as maquiagens feitas na sua gestão, diferentemente de Túlio e dos antecessores Humberto e Zé Arruda);

V – Hoje “a ciranda” entre Ana e Flávio representa o que há de mais retrógrado na política de Surubim, onde se desprezaram as rivalidades de outrora em troca de apenas um objetivo (chegar ao poder), esquecendo a defesa e dedicação de um grupo que fora massacrado nas urnas em duas eleições. Mas acreditando que estávamos do lado certo, corroborando a célebre frase de que “política é a arte de unir os inimigos e afastar os amigos”;