Surubim, meu Surubim, por que te tratam assim?

OPINIÃO /// No último levantamento divulgado dias atrás, de acordo com o Ministério do Turismo, o número de cidades com potencial turístico de Pernambuco diminuiu de 72 pra 57. Com Surubim fora da lista, a meu ver, equivocadamente. Todavia, tal resultado me faz cogitar que todos têm culpa. Seja o Governo Municipal, o Governo Estadual ou a própria população, partindo da premissa “de não valorizar os filhos da terra e sua própria história”. Ou, no mínimo, fica aquém do necessário.
 
Se o relevo, a vegetação, o solo e o clima não favorecem a ponto de sermos abençoados com paisagens naturais deveras esculturais, nossa riqueza cultural é gigante. Muito maior que a encontrada em cidades que figuram na lista do Ministério do Turismo como Agrestina, Cupira, Lagoa dos Gatos, Bom Jardim, Limoeiro, Pesqueira, Panelas, Taquaritinga ou, mesmo, Santa Cruz do Capibaribe.
Fonte Wikipédia: O município originou-se de uma fazenda de gado, pertencente a Lourenço Ramos da Costa. Em 1864, ele construiu um oratório dedicado a São José, onde o padre português Antônio Alves da Silva celebrava as missas dominicais. No entorno do oratório surgiram as primeiras casas. Em 1878, o oratório foi substituído por uma capela. Em 8 de junho de 1891, a lei provincial nº 1585 criou a freguesia de São José de Surubim, instalada em 1885 e regida canonicamente pelo padre José Francisco Borges. A cidade tem este nome em homenagem ao boi Surubim que foi atacado e devorado por uma onça nas terras do fazendeiro Lourenço Ramos onde hoje se encontra o atual município.

Fonte Wikipédia: O município originou-se de uma fazenda de gado, pertencente a Lourenço Ramos da Costa. Em 1864, ele construiu um oratório dedicado a São José, onde o padre português Antônio Alves da Silva celebrava as missas dominicais. No entorno do oratório surgiram as primeiras casas. Em 1878, o oratório foi substituído por uma capela. Em 8 de junho de 1891, a lei provincial nº 1585 criou a freguesia de São José de Surubim, instalada em 1885 e regida canonicamente pelo padre José Francisco Borges. A cidade tem este nome em homenagem ao boi Surubim que foi atacado e devorado por uma onça nas terras do fazendeiro Lourenço Ramos onde hoje se encontra o atual município.

Num breve resumo, somos a Capital da Vaquejada, a terra de Chacrinha e Capiba, o abrigo dos foliões após o Carnaval com o Desfile das Virgens, a referência comercial, econômica e atrativa das cidades circunvizinhas e o reduto do interior com o movimento underground mais forte. Temos forró, frevo, ciranda e rock n’ roll. Temos cantores, músicos, compositores, artistas, poetas, pintores, escritores e dançarinos de montão. Temos referências icônicas e proezas vanguardistas. Atualmente, temos até jornalista-repórter fazendo carreira promissora numa afiliada da Rede Globo e um capitão e titular absoluto de um time do Campeonato Brasileiro da Séria A.
 
Ainda assim, não sabemos vender o próprio peixe. À parte, o desapego dos poderosos e bem-sucedidos com o passado e a beleza arquitetônica de outrora. Várias casas históricas foram destruídas e transformadas em salões comerciais da década passada pra cá. Em breve, a Usina terá o mesmo destino. O que deveria ser tombado e revitalizado – tornando-se um cartão-postal com espaço pra artesanato, capoeira, maracatu, museu e teatro popular –, será demolido. Mostrando que um loteamento nas delimitações totais de um terreno, que poderia ser melhor divido, vale mais que o legado de aproximadamente 64 mil habitantes.
 
Surubim, meu Surubim, por que te tratam assim?

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