WhatsApp: mandou arquivo comprometedor para o grupo errado? Saiba o que fazer
(Larissa Rodrigues – Diario de Pernambuco)
Já imaginou enviar fotos comprometedoras para seu grupo de trabalho no WhatsApp ao invés de mandar para o namorado ou namorada? Ou gravar um áudio com um segredo e postá-lo para o contato errado? Com a popularização do aplicativo, a intensa troca de conteúdos entre grupos diversos tornou essas situações cada vez mais frequentes. No Recife, há relatos até de uma pessoa que necessitou de socorro médico após constatar que tinha mandado fotos suas “descontraídas” para a turma da empresa.
O servidor público Sidney Dias, 37 anos, passou por algo parecido, em outubro do ano passado. Enviou um vídeo de conteúdo adulto para o grupo de orações da família, repleto de tias católicas e tradicionais. “Fiquei feito louco tentando cancelar, mas já tinha seguido. Pedi então que não abrissem e inventei que era de violência animal, com muito sangue”, relatou.
Segundo ele, embora alguns integrantes tenham dito que apagaram a mensagem sem ver o conteúdo, o grupo, que era muito ativo, passou três dias em silêncio constrangedor. “No quarto dia uma das tias informou: todos viram, algumas primas gostaram, e eu paguei o maior mico”, disse o servidor.
Recife e PE sem números ainda – Rosário Pompéia é diretora de operações da Le Fil, consultoria em internet e redes sociais com sete anos no mercado assessorando empresas regionais, nacionais e multinacionais. De acordo com ela, ainda não é possível mensurar a quantidade de usuários do WhatsApp no Recife e em Pernambuco. A empresa, que realiza pesquisas desde 2012 para entender os hábitos virtuais dos nordestinos, pretende em 2015 estudar melhor o fenômeno das novas mídias, entre elas, o aplicativo. “É possível dizer que aumentou o uso pelos consumidores e marcas que utilizam a ferramenta”, comentou.
Facebook – No último dia 6, o criador e presidente-executivo do WhatsApp, Jan Koum, postou em sua página no Facebook que o aplicativo tem mais de 700 milhões de usuários ativos por mês no mundo. Em agosto de 2014 eram 600 milhões. Por dia são mais de 30 bilhões de mensagens enviadas, informou Jan Koum. Com tanta gente conectada, o risco de errar o alvo da mensagem é maior. Por isso, alguns cuidados são necessários.
É melhor assumir o erro – Para Rosário Pompéia, ao mandar um arquivo errado o ideal é se desculpar. “Não adianta fingir de morto em redes sociais. Tudo pode ser ‘printado’. É mais elegante admitir o equívoco e se desculpar, porque isso acontece com muita gente. É natural”, recomendou.
A assessora parlamentar Julie Silva usou a estratégia do humor. Ela mandou um áudio errado para o grupo de trabalho no qual brigava com o namorado. Ele integrava a equipe, mas o relacionamento era sigiloso. A partir do arquivo, todos descobriram o segredo do casal. “Tirei por menos. Disse que estava doida. Foi uma semana de zoação comigo. Fiquei morta por dentro”, relatou.
Confira as dicas da Le Fil para evitar situações como a de Julie e Sidney:
– Mandou arquivo para o grupo errado? Peça desculpas. Isso é normal e pode acontecer com qualquer um.
– Olhe sempre para a foto do grupo antes de compartilhar um conteúdo.
– Saia de grupos que não lhe interessam.
– Não passe senhas por essa ferramenta.
– Informação confidencial, só por telefone.
– Evite compartilhar informação comprometedora por esse aplicativo.
– Apague as mensagens uma vez por semana.
– Tenha cuidado com assuntos relacionados ao trabalho. Lembre-se de que tudo pode ser fotografado e passado adiante.
– Observe bem qual é a proposta do grupo antes de se integrar a ele ou para fazer as postagens.
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